CRÍTICA | THUNDERBOLTS*

Bastante honesto e sem megalomania, ‘Thunderbolts*’ é um respiro muito bem vindo ao MCU, mas talvez isso não dure tanto tempo

A engrenagem de geração de dinheiro chamadas Universo Cinematográfico da Marvel, ou MCU, teve nos seus primórdios um sistema muito sólido de construção de mundo e conexão entre seus longas, mas passado pouco mais de uma década, os longas produzidos pela Marvel não se assemelha em nada com a certa qualidade e coesão anterior e, em alguns casos, um ou outro filme sai ileso quando apresenta características mais verossímeis, e este é o caso de Thunderbolts*, de Jake Schreier.

Em Thunderbolts*, uma equipe de anti-heróis é recrutada para uma missão perigosa. Yelena Belova, Bucky Barnes, Guardião Vermelho, Fantasma, Treinadora e John Walker formam o grupo de desajustados e rejeitados que, pegos numa armadilha pela diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine, são obrigados a embarcar num plano ofensivo que os fará confrontar seus maiores traumas e cicatrizes do passado. Prontos para agir a favor de causas duvidosas, os seis parecem ser a escolha errada para lidar com os desafios de alto risco ao lado do governo. 

Primeira coisa: Thunderbolts* é bastante atraente, não apenas pelo conjunto do elenco, que é particularmente formidável em sua composição, mas pelo enredo proposto e como ele lida de maneira funcional com a dinâmica de unir com praticidade as personalidade e dramas de cada um, de maneira simples e sem exageros, e isso torna a experiência mais fácil de nos importarmos com cada um deles enquanto lidam com a questão de se unir em torno de uma tarefa ao qual foram submetidos.

É preciso ressaltar essa nuance, porque o filme não trata com blocos cada um deles e como foram parar lá de maneira banal, mas até mesmo personagens que já tinham  aparecido anteriormente e tinham sido trabalhados de maneira péssima – leia-se Fantasma (Hannah John-Kamen) por exemplo, aqui tem uma chance genuína de se mostrar relevante o bastante pra dinâmica da trama, sendo que todos os outros tem esse potencial preliminarmente explorado, e talvez por isso dure pouco esse respiro.

Digo isso porque, como parte de um plano muito maior dentro dos filmes da Marvel, eles podem acabar sendo sugados para um outro momento sem qualquer aprofundamento, já que tudo aqui no fundo não passa de um primeiro olhar aos supostos heróis, e isso torna tudo no fim um tanto desanimador, apesar de um bom trabalho de direção, que sabe como trabalhar as questões ligadas à história, até com um certo toque de autenticidade e coração, que faz falta nessas adaptações de quadrinhos, já meio ultrapassadas. 

Nota do crítico: 

Título: Thunderbolts*

Duração: 2h06min

Gênero: Ação, Fantasia

Onde Assistir: Cinemas

Sinopse: Em Thunderbolts*, uma equipe de anti-heróis é recrutada para uma missão perigosa. Yelena Belova, Bucky Barnes, Guardião Vermelho, Fantasma, Treinadora e John Walker formam o grupo de desajustados e rejeitados que, pegos numa armadilha pela diretora da CIA Valentina Allegra de Fontaine, são obrigados a embarcar num plano ofensivo que os fará confrontar seus maiores traumas e cicatrizes do passado. Prontos para agir a favor de causas duvidosas, os seis parecem ser a escolha errada para lidar com os desafios de alto risco ao lado do governo. 

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